Venci todos os meus medos de viagem e estou ainda mais feliz!

E não é que a viagem já terminou? Só agora me dei conta de como passou tudo tão rápido. Estava com tantos receios, tão ansiosa… Já fui e já voltei. E começando a série de posts que vou escrever sobre essa minha experiência, hoje vou falar como meus principais medos de viagem foram vencidos. Neste post que eu fiz antes da viagem, eu contei um pouquinho quais eram eles e como eu estava ansiosa.

Embarque Aeroporto Guarulhos
Embarque Aeroporto Guarulhos (dá pra perceber minha ansiedade?)

Mas antes de começar o post, quero aproveitar a oportunidade e agradecer a todas as pessoas que me enviaram palavras de incentivo, força e carinho para que eu pudesse realizar minha tão sonhada viagem. Não sabia como isso é bom e quanta gente estava me acompanhado. Obrigada mesmo! <3

Ah! E veja aqui como o projeto Travel 60+ começou

Medo da longa viagem de avião

De todos os receios que eu tinha esse era o maior, sem dúvida. E pra vencê-lo eu me preparei muito, fiz muitos planos e a primeira coisa que quero dizer é: a viagem não poderia ter sido melhor!!! Todos os meus medos foram por água abaixo.

Bem, eu estava devidamente preparada para as 11 horas de voo.

#1 Fiz muito alongamento durante o dia para não doer a coluna. Tinha muito medo de sentir dor porque seriam muitas horas sentadas praticamente em uma mesma posição.

#2 Para me distrair durante essas 11 horas, carreguei na bolsa livros, revistas e palavras cruzadas. Achei que elas levariam muito tempo pra passar.

#3 Para conter o enjoo, as dores de ouvido e para me ajudar a dormir um pouquinho, alguns remédios também foram necessários: dramim, descongestionante nasal e indutor de sono.

Na necessaire de remédios
Na necessaire de remédios

#4 Outra coisa muito importante foi usar uma meia elástica para manter minha circulação funcionando bem e não sentir dores nas pernas ou ter outros problemas.

#5 Um suporte para o pescoço e uma roupa bem confortável também ajudaram no meu bem-estar.

E, como se não bastasse toda a minha preparação, uma surpresinha: na ida, ganhamos uma pequena cortesia da KLM (a cia aérea que voamos) e fomos transferidas para a primeira fileira da classe econômica comfort. Tivemos um espaço muito bom para esticar as pernas, poltronas confortáveis e ficamos apenas nós duas. É claro que eu fiquei mal acostumada. Mas como o voo da volta foi pela AirFrance (aliás, adorei, avião novinho, super chique), não ganhamos a cortesia, mas pagamos apenas 20 euros pelo upgrade. E lá voltamos nós, na confortável classe econômica premium da AirFrance..

KLM Economy Comfort
KLM Economy Comfort

Poltronas classe Premium Ecnonomy Air France
Poltronas classe Premium Ecnonomy Air France

Tudo ótimo e eu devidamente preparada para voos perfeitos. E foi exatamente o que aconteceu!

Como tudo era novidade, ao invés de pensar coisas estranhas, decidi focar nessas novidades. Minha filha e eu falávamos tanto, e parecíamos duas tagarelas, que o tempo ia passando e eu nem percebia.

Consegui dormir várias vezes e procurava não pensar que o avião cruzava o oceano. Praticamente não senti nenhuma dor, NENHUMA dor; apenas nos ouvidos no momento da aterrissagem e só. Assisti filmes, fiz palavras cruzadas (nem deu tempo de fazer muita coisa) e caminhei muito pelo avião para ativar um pouco a circulação.

Durante o voo de ída, houve apenas um momento de turbulência, mas nada forte. E mesmo assim, a Pam repetia pra mim: “mãe, lembre que turbulência não derruba avião”. Fiquei muito calma e mesmo a turbulência da volta, em nossa chegada a São Paulo (essa sim bem mais forte), não me deixou muito nervosa.

E já no primeiro voo começaram as situações engraçadas. As duas aeromoças que nos atendiam não falavam português. Toda vez que uma delas passava e me perguntava o que eu queria comer ou beber, eu não entendia nada e minha filha traduzia. Mesmo assim, eu esquecia e respondia em português pra ela e então começavam as risadas; eu olhava pra ela e respondia toda séria, sempre. E foi assim a viagem toda, rs. Sorte que tinha minha filha que fala inglês (e muito bem por sinal, rs).

Nos momentos de pouso, meu ouvido doía um pouco, mas com jeitinho sempre consegui fazer com que a dor passasse ou ficasse mais leve. Olha os medos de viagem sumindo…

E quando o avião que nos levou a Londres chegou em Londres, eu desembarquei muito emocionada… Pronta para descobrir a Europa! E percebi o quanto o medo de voar por tantas horas e cruzando o oceano não faz sentido.

Descobri que tudo estava na minha cabeça, que a maioria dos meus medos de viagem foram originados por experiências ruins que outras pessoas me contaram. Fiquei ansiosa (e até mesmo pensei em desistir) simplesmente porque dei importância demais a tudo o que escutei. Por isso, meu conselho: nunca desista do que você quer porque alguém já fez (ou tentou fazer) e não foi legal. Cada um tem que viver a sua própria experiência.

Post Relacionado: Dicas para você planejar sua viagem (como planejamos a da minha mãe)

Medo de não conseguir passear e caminhar

Não conseguir caminhar era o meu segundo maior medo. Há alguns anos venho lutando contra dores bem fortes e constantes nos pés e nos joelhos e eu já deixei de fazer muitas coisas que eu gosto por conta delas. Por um período, essas dores até já me deixaram na cama e sem poder caminhar. Não, elas não são dores corriqueiras.

E como se isso não fosse suficiente, alguns dias antes da viagem, quando eu visitei meu médico para fazer a encomenda de uma palmilha especial, fui diagnosticada com uma lesão em um nervo do pé e que provoca dores ainda mais fortes. É claro que comecei a sofrer por antecedência.

Nos dois primeiros dias da viagem, eu estava bastante cansada e sentindo os efeitos da mudança de fuso horário. Tanto não estava 100% que pedi a minha filha para voltarmos ao apartamento durante a tarde para que eu pudesse dormir um pouco, mas era só cansaço mesmo e um pouquinho de dor na coluna, que rapidinho foi solucionada com Cataflam e Salompas, santos remedinhos que estão aí pra ajudar a gente em situações como essas. Confesso que nesses dias me preocupei bastante e tentava me poupar o máximo pra conseguir aproveitar toda a viagem.

Ao longo dos dias, as dores apareciam e sumiam, mas em nenhum momento a intensidade foi forte o suficiente para me impedir de fazer os passeios. É claro que eu precisava parar com uma certa frequência para descansar. Eu também aproveitava para massagear os pés e aplicar uma pomada.

Momentos de descanso
E mais paradas para descanso

Cafezinho em Amsterdã
Descansando em Amsterdã (e aproveitando para massagear os pés, rs)

Momentos de descanso
E mais paradas para descanso

E quanto mais os dias passavam, mais eu me surpreendia comigo mesma. Consegui fazer tudo o que eu queria. Saíamos cedo e só voltávamos à noite. Algumas vezes, bem tarde mesmo, depois das meia noite. E no dia seguinte, eu já estava cheia de disposição novamente; afinal, não tinha tempo para perder.

Pra mim foram marcantes a nossa passagem por Bruges, na Bélgica, em que eu caminhei praticamente o dia todo, percorrendo a cidade inteira com minha filhas e meus sobrinhos. E também foi marcante o dia em que consegui subir toda a escadaria da Sacré-Couer em Paris, com direito a corridinha no final.

Canal em Bruges Bélgica
Bruges. Como não amar esse lugar e não querer parar de andar?

Sacre Couer Paris
Escadarias Sacre Couer Paris

Escadas Sacre Couer
Mais descanso…

Ah! E teve o segundo dia de viagem, em que minha filha me tirou da cama (lembra que pedi pra dormir à tarde?) pra jantarmos em um pub em Londres. Ela me falou que eu ia me arrepender se não levantasse e que eu tinha que conhecer um pub. Só pra vocês terem uma ideia, jantamos às 22h30 naquela noite. E de verdade? Eu teria me arrependido com certeza, porque eu adorei!!!

PUB Wetherspoon London
No Pub

Foi somente no último dia da viagem que meus pés sofreram muito e que eu não consegui terminar nossa última atividade: conhecer o Louvre. Até descemos as escadas para comprar os ingressos, mas eu preferi para por ali. Mas como tudo tem seu lado bom, eu já tenho pretexto pra voltar pra Paris.

A cada dia dessa viagem maravilhosa, eu me sentia mais capaz e mais feliz! Como pude ter tantos medos de viagem? Já tenho planos de viajar de novo, mas desta vez, só tenho cabeça pra pensar no quanto vou me divertir! 🙂

Post relacionado: Roteiro pela Europa: 15 dias para quem viaja pela primeira vez

SPOILER. No próximo post, eu vou falar do que mais gostei em cada cidade que visitei. Te espero aqui.

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Obrigada por ler! <3

 

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7 COMENTÁRIOS

  1. Pam, tá muito legal a participação da sua mãe aqui!! Já viajei bastante com a minha (na verdade meus pais) então agora que eles fizeram 60 não fez muita diferença, o ritmo de viagem continua o mesmo, mas os hoteis e restaurantes tem que ser mais arrumadinhos hahaha Sorte que aqui em casa a gente não é muito hipocondríaco então a farmacinha é discreta rs.

    • Oi Fe, obrigada!!! Ela também está adorando participar. Sim, são importantes os cuidados que precisamos ter quando viajamos com alguém com mais de 60 anos, principalmente quando é a primeira vez. Mas é tão gostoso viajar acompanhado dos pais, né? Bjs

  2. Que amor esse depoimento! Eu fico muito feliz em ler histórias assim, também levei minha mae para a Europa um mês antes de ela completar 60 anos. E ela foi parceirona de viagem!
    Que ela viaje sempre e sempre mais!
    Beijos

  3. Gente, que lindo depoimento e que inspiração! Amei ler esta história! Ahh e quanto ao Louvre, não se preocupe. Eu fui 8 X a Paris e só entrei no museu na última. Mas continuo tendo pretexto pra voltar pra cidade luz! hahahah Beijos nas duas

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